No dia 29 de Maio é comemorado o dia mundial da Energia. Criado em 1981, em Portugal, foi adotada por diversos outros países para celebrar a energia como um dos bens mais valiosos, uma força motriz imprescindível para a economia.

Além disso, esse dia deve servir para conscientizar a sociedade sobre o uso racional da energia e a importância de obtê-la através de fontes renováveis e limpas oferecidas pela natureza (sol, água e vento). Como se sabe, a produção de energia a partir de fontes não renováveis (combustíveis fosseis) causou grandes impactos ambientais e é considerada a causa dos principais problemas que afetam o nosso planeta. Embora não seja a única fonte de poluição, a produção de energia é o fator que mais contribui para as mudanças climáticas e representa cerca de 70% de todas as emissões globais de gases de efeito estufa.

Esta questão é de grande interesse para todos nós e por isso é um dos objetivos de desenvolvimento sustentável específico das Nações Unidas, mais concretamente o 7º: Energia Acessível e Não Poluente. Algumas das metas desse objetivo de desenvolvimento sustentável são:

• Até 2030, garantir o acesso universal a serviços de energia acessíveis, confiáveis e modernos.
• Até 2030, aumentar consideravelmente a proporção de energia renovável em todas as fontes de energia.
• Até 2030, duplicar a taxa global de melhoria na eficiência energética.

Um bem tão importante como a energia não pode ser desperdiçado, razão pela qual são promovidas iniciativas para a redução do consumo e consciencialização da sociedade.

Tendo em vista a preocupação com o ambiente e a transição energética, foram traçadas estratégias para chegar a bom porto neste campo. Em 2015, o acordo de Paris trouxe uma mudança de paradigma na sociedade, estabelecendo que só com o contributo de todos é possível ultrapassar o desafio das alterações climáticas e travar o aquecimento global.

Nesse sentido, com a finalidade de promover a transição energética entre 2021 a 2030, a União Europeia criou um pacote de medidas, a ser adaptado por cada Estado-membro à sua realidade, visando estabelecer metas e objetivos em matéria de emissões de gases com efeito de estufa, energias renováveis, eficiência energética, segurança energética, mercado interno e investigação, inovação e competitividade, além de uma abordagem clara para o alcance dos objetivos comuns.

Dentre os diferentes pacotes e programas de ação, destacam-se o Pacote Energia Clima 2030, o Pacote Mobilidade Limpa e o Pacote Energia Limpa para todos os Europeus, a fim de alcançar as seguintes metas ate 2030:

• 32% de quota de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto;
• 32,5% de redução do consumo de energia;
• 40% de redução das emissões de gases com efeito de estufa relativamente aos níveis de 1990;
• 15% de interligações elétricas.

No que concerne ao nosso país, as fontes de energia renováveis são uma das estratégias utilizadas para a obtenção da neutralidade carbónica, bem como, a enfase dada à eficiência energética e ao consumidor de energia.

Portugal tem tomado uma série de medidas que visam combater a diminuição da emissão de gases de estufa, nesse sentido, em sintonia com as diretrizes impostas pela União Europeia, tem tido um papel ativo nas medidas e objetivos a concretizar. Pode-se enumerar alguns exemplos, tais como: A nova regulamentação para edifícios em relação à eficiência energética (SACE), incentivos fiscais para a mobilidade elétrica, fundos para investimentos em produção de energia através de fontes renováveis, entre outros.

Assim, seguindo as ações interpostas entre todos os países da União Europeia, todos os cidadãos podem contribuir, com pequenas ações no seu dia a dia, para a neutralidade carbónica:

• Desligar as luzes das divisões da casa que não estão sendo usadas;
• Não abrir a porta do frigorifico por repetidas vezes;
• Trocas as lâmpadas incandescentes, fluorescentes, por lâmpadas LED;
• Secar as roupas ao ar livre;
• Separar o lixo doméstico;
• Usar a máquina de lavar com carga completa e temperatura baixa;
• Diminuir o uso de papel e aproveitar mais os recursos online.

Fontes: (Portugal Energia, Portal.Gov)